quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Abduções em território gaúcho!!!!


Geralmente quando se fala em abdução na casuística ufológica as pessoas costumam buscar nas suas lembranças os casos mais notórios e famosos como por exemplo, do mineiro Antônio Villas-Boas em 1957, do casal Betty e Barney Hill em 1961, ou do badalado caso do americano Travis Walton em 1975. Entretanto o que muitos não sabem é que o Rio Grande do Sul conta com sua parcela de caso de raptos e nem sempre são de humanos.

Numa linha de tempo cobrindo aproximadamente 20 anos temos alguns casos curiosos, bizarros e até sinistros. Baseado num levantamento de mais de 1200 registros podemos apontar pelo menos sete casos onde pessoas e animais sofreram sequestros. 


CASO ARTUR BERLET 

Foto cedida por Alison, neto de Artur Berlet.

O caso do ex-tratorista e fotógrafo Artur Berlet (1931–1994), que em 14 de maio de 1958, supostamente teve uma experiência extraordinária nos arredores de Sarandi, no Rio Grande do Sul, quando ele retornava a pé para casa, após alguns dias fora exercendo a atividade de fotógrafo. Por volta das 19h, notou um objeto luminoso em um campo de fazenda. A curiosidade o levou a se aproximar, e pôde perceber a forma de duas bandejas sobrepostas. Constatou se tratar de uma estrutura física, circular, com cerca de 30 metros de diâmetro e a tonalidade de uma brasa opaca. Quando notou a presença de dois vultos próximos ao objeto, foi subitamente atingido por um jato de luz e perdeu a consciência. Em seu livro Os Discos Voadores — Da Utopia à Realidade (1967), afirma haver sido levado a bordo de uma nave para um planeta chamado Acart e interagido com os habitantes locais. 


CASO DIRCEU GÓES

Dirceu Góes (Foto Boletim Especial - SBEDV - 1975)

Em junho de 1967, Dirceu Góes, um biscateiro de Sarandi (RS), foi abduzido após encontrar uma bola luminosa perto de sua casa. O objeto desceu e dele emergiram dois seres pequenos, com cerca de 85 centímetros, que usaram uma fita para içá-lo para dentro da nave através de um buraco na parte inferior. Dentro do pequeno ambiente, ele encontrou três tripulantes de aparência humanóide, com rostos arredondados, olhos azuis, cabelos ruivos e lisos, vestidos em roupas cinzas. Eles se comunicavam em uma língua desconhecida enquanto Dirceu sentia-se fraco e incomodado pela luz oscilante. Durante a viagem, que durou cerca de três horas, ele observou pela janelinha paisagens desconhecidas, incluindo cidades com edifícios altos. Os tripulantes também lhe mostraram um painel com imagens coloridas de pessoas e veículos. No retorno, a nave o devolveu no mesmo local e partiu rapidamente. A experiência resultou em consequências físicas: ao urinar, Dirceu notou a expulsão de um gás sibilante antes da urina por vários dias. Ele chegou em casa de madrugada e ficou acamado por cinco dias com forte disenteria e febre, sentindo dores de cabeça e fraqueza por cerca de um mês após o evento.

CASO DO TELETRANSPORTE

Edição do Jornal do Comercio de Porto Alegre de 05/03/1969.

São notórios dentro da casuística nacional relatos onde supostos casos de abdução não "saem exatamente como planejado". Em alguns casos as vitimas podem ser abduzidas em um local e quando devolvidas serem transportadas para outros locais equivocadamente. Segundo o veterano ufólogo português, radicado no RS e já falecido, José Victor Soares, ocorreu um caso deste tipo em terras gaúchas, onde um casal foi abduzido próximo a fronteira do Uruguai e foi devolvido erroneamente no MÉXICO!! Soares apurou que um casal se dirigia para o Uruguai para comemorar sua lua de mel e acabou sendo abduzido com carro e tudo na região de Santa Vitoria do Palmar, distante aproximadamente 500 quilômetros de distancia de Porto Alegre. Acabaram acordando no México, sem passaportes e tiveram problemas com as autoridades locais. Inclusive o veiculo do casal acabou interessando a NASA e acabou sendo comprado por 10 mil dólares. O caso teria ocorrido em dezembro de 1968. Existem outras versões para mesma historia dentro da própria ufologia.  

CASO JOSÉ INÁCIO ALVARO

José Inácio indicando local do contato (Foto Fenomenum.com.br)

Esse é um dos casos mais famosos de abdução no estado junto com o caso Berlet. O caso de José Inácio Álvaro, estudante em Pelotas (RS), refere-se a uma alegada abdução ocorrida em 03 de março de 1978. Na noite anterior, José e outros avistaram um UFO que desapareceu. Em seguida, ele sentiu uma sonolência misteriosa e foi inexplicavelmente conduzido de volta à casa de seu pai, chegando após as 02:00 da madrugada sem notar a passagem do tempo. Pouco depois, às 03:00 h, ao abrir a porta da residência, ele avistou a nave novamente; desta vez, ela emitiu um "fino raio de luz azulada" em sua direção. Hipnotizado pela luz, o jovem experimentou uma projeção mental rápida de imagens de guerra e conflitos familiares, desmaiando em seguida. José acordou no meio de um campo, a um quilômetro de casa, e só conseguiu retornar após as 04:00 h, encontrando a porta e as luzes como havia deixado. Posteriormente, em sessões de hipnose conduzidas por ufólogos, ele detalhou a experiência: relatou ter sido levado para o interior da nave e mantido relações sexuais com um ser feminino alto, de cabelos longos e claros, e de pelos e cabelos prateados, que o fazia sentir-se fraco e sonolento ao tocar sua cabeça.


CASO ASSIS

Assis (d) com o ufólogo Luis do Rosário (Foto Boletim 132/135 - SBEDV) 

Semelhante ao caso de José Inácio, e também ocorrido em Pelotas no dia dez de maio de 1978, o operário Assis Antônio Caetano de Ávila, voltando para casa, observou no céu um objeto muito brilhante que desceu rapidamente sobre um campo, revelando-se uma nave metálica circular brilhante envolta em uma bola de fogo. A nave pousou estendendo quatro pernas e projetando feixes de luz, enquanto a área ao redor escurecia e a testemunha se sentia irresistivelmente atraída para o objeto. Ele foi então agarrado por dois humanoides baixos, vestidos com macacões brancos justos e capacetes com antenas, que o levaram para dentro da aeronave. No interior, o ar estava perceptivelmente mais quente e denso, causando dificuldade respiratória. Dentro de uma sala iluminada, ele viu outros dois seres sentados em um console, que se revelaram ser mulheres, um pouco mais altas que os primeiros, também vestidas com trajes brancos brilhantes, capas e capacetes com antenas, uma morena e uma loira. A mulher de cabelos pretos informou à testemunha que ele seria levado ao planeta deles. No entanto, a testemunha recusou veementemente a proposta, implorando por sua liberdade. Neste ponto, a mulher loira interveio e ordenou aos demais que o libertassem imediatamente. A testemunha foi autorizada a sair, desceu por uma escada até o chão e permaneceu observando a nave subir em alta velocidade até desaparecer completamente no céu.


CASO IRINEU

Capa do Livro Sequestros Alienígenas II - 2010 - Editora Clube de Autores

Este caso foi publicado originalmente no livro "Sequestros Alienígenas II" do pesquisador, falecido este ano, Mario Nogueira Rangel. O relato descreve uma experiência complexa e multifacetada de Irineu. Inicialmente, ele e seus acompanhantes testemunham a aterrissagem de um OVNI com luzes laranja, vermelho e azul sobre um campo. Sob hipnose, Irineu revela ter sentido medo e a crença de que "esses caras estão atrás de mim". Após adormecer e despertar no quarto do hotel em Sarandi, ele viu um ser de mais de dois metros de altura que o abordou, resultando em um choque elétrico na cabeça. Irineu então se encontra em uma sala grande, redonda, de metal preto, não sendo o quarto, onde seres menores o examinam usando uma luz azul (como um "escaneamento" com uma "régua"), causando-lhe exaustão e frio. Durante a experiência, ele teve visões de catástrofes futuras e sentiu que estavam confirmando sua identidade. A hipnose também revelou eventos de contato prévio: um pedido mentalizado aos 11 anos para ser encontrado, um "cara" de branco que o salvou de asfixia aos 6 anos, e uma força que o puxou no assento para salvá-lo de um acidente de carro aos 23 anos. Irineu retornou ao quarto do hotel e, quase um ano depois, em uma nova sessão, recordou o nome do hotel e desenhou o ET que o examinou.


CASO DO BEZERRO
Trajano e Eurípides (Stendek Vol03 nº09 - 08/1972) e vaca Jersey mãe do bezerro(SBEDV 81-84)

Como mencionado no inicio deste artigo nem todo sequestro ocorre com humanos. Um caso que acabou tendo sua notoriedade em décadas passadas, porem esquecido atualmente, no final do mês de outubro de 1970, numa localidade conhecida como "Palma Velha", na área rural do Alegrete, dois homens foram surpreendidos por um acontecimento bizarro. Pedro Trajano e seu filho Eurípides trabalhavam com a lida de gado, aplicando vacinas e medicamentos nos animais em um curral, quando um evento surreal chamou sua atenção. Após separarem um bezerro da raça Jersey, para poderem aplicar medicamento na mãe do mesmo, observam que o bezerro levitava do chão e começava a ser deslocado por uma força invisível que afastou o animal das duas testemunhas e repentinamente elevou o filhote para o céu e logo em seguida fazendo-o sumir diante dos olhos incrédulos dos dois peões. Trajano, responsável pelos animais, ficou preocupado lembrando das consequências que viriam quando o patrão soubesse que uns de seus animais haveria sumido. Ele acabou contando o fato para um amigo e a história chegou aos ouvidos do pesquisador José Victor Soares que acabou investigando o caso alguns meses depois do ocorrido. O caso acabou ganhando destaque no meio ufológico e foi publicado em diversos boletins ufológicos estrangeiros.   


OBS GEUC-RS: Algumas fotos originalmente feitas em preto e branco foram coloridas por IA.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

A FÍSICA IMPOSSÍVEL DOS UFOS ...

Está disponível na edição nº 299, da REVISTA UFO, meu artigo intitulado "A FÍSICA IMPOSSÍVEL DOS UFOS: TRANSPARÊNCIA, INVISIBILIDADE E MANIPULAÇÃO DE OBJETOS".

A revista pode ser adquirida no site da REVISTA UFO ou clicando na imagem abaixo:

Fonte: REVISTA UFO

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Bate papo no Alô Terráqueos...

 


domingo, 12 de outubro de 2025

Brincando com a casuística.

A ufologia é um tema recorrente na "cultura pop", sendo abordada de diversas maneiras, como filmes, séries, revistas em quadrinhos, musicais e até peças de teatro. E temos no mercado um "zilhão" de quinquiharias oferecidas pelas internet, para todos os gostos. A fabricante japonesa de brinquedos TOMY lançou no início dos anos 2000 uma linha de brinquedos chamada Chocovader, que era composta por pequenas figuras de plástico acompanhadas por esferas ocas de chocolate no estilo Kinder Ovo. Parte das figuras que faziam parte da coleção seriam baseadas em seres pertencentes a casuística ufológica mundial. A coleção foi dividida em quatro temporadas. Eram vendidas em postos de conveniência. Outros fabricantes pelo mundo também se aventuraram na produção de brinquedos baseados em casos famosos ou bizarros da ufologia.


Alguns brinquedos:

O caso Roswell (1947)



O caso do falso alienígena alemão (1950)


O caso do monstro de Flatwood (1952)


O monstro ganhou outra edição, em 2003, em tamanho maior, com 17 cm, vendido separadamente, sem o chocolate, e sendo produzido em parceria com a BANDAI.


Na sua edição de dezembro de 2004 a revista japonesa HYPER HOBBY lançou uma versão do monstro para ser colocada na ponta do dedo.


Caso Rosa Dainelli (1954)


O caso do Mothman (1966)


O caso do Pé Grande (1967)
Este brinquedo não foi produzido pela TOMY e nem BANDAI. Foi produzido pela empresa americana Archie McPhee e vem acompanhado de outro brinquedo que imita a suposta vocalização de um Pé Grande.


O caso dos cérebros gigantes de Palos Verdes (1971)


O caso Kofu (1975)

O boneco do caso Kofu é outro brinquedo que não foi desenvolvido nem pela TOMY e nem a BANDAI, foi produzido pela também japonesa Zakures Hobby.


O caso Voronezh (1989)
O caso Voronezh também ganhou outra edição, em 2003, em tamanho maior, com 17 cm, vendido separadamente, sem o chocolate, e sendo produzido em parceria com a BANDAI.

Chupacabras (1995)
Este brinquedo é produzido pela BANDAI, pertence a uma coleção chamada UMA - Unidentified Mysterious Animals e é vendido em máquinas automáticas em postos de conveniência.


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Os Boletins Ufológicos.


No passado, sem recursos como a internet, por exemplo, os ufólogos e seus grupos tinham que encontrar alternativas para divulgar suas pesquisas e trocar informações com outros pesquisadores. As opções mais utilizadas eram a troca de correspondência (cartas) escritas a mão ou produzidas em máquinas de escrever, e algumas vezes a troca de telefonemas. Para facilitar a troca de informações, mantendo, dentro do possível, uma padronização e organização na distribuição das informações muitos grupos e pesquisadores desenvolveram um documento prático e acessível chamado "Boletim Ufológico". Esses boletins eram uma espécie de mini periódico ou jornal sendo editado e produzido pelos ufólogos com certa periodicidade (mensal, bimestral, trimestral, quadrimestral e semestral). Basicamente os boletins eram compilações de casos estudados ou noticias relacionadas a temática ufológica. Em quase todos os países onde haviam estudos sobre o tema, eram produzidos algum tipo de boletim.

Abaixo podemos apresentar alguns boletins importantes ou famosos separando os mesmos pelo seu respectivo continente:

ÁFRICA


O continente africano não apresenta uma grande relevância na casuística ufológica mundial, entretanto tem sua importância com muitos casos interessantes e alguns famosos. Acredito que essa baixa representatividade na casuística mundial se deve a questões geográficas, demográficas, culturais e até religiosas. O casos ocorriam porém não chegavam ao conhecimento dos pesquisadores. Um dos expoentes da investigação ufológica no continente foi a pesquisadora Cynthia Hind. Ela investigou casos importantes sendo o clássico caso da escola Ariel, ocorrido em 1994, um deles. Além disso ela publicou um boletim chamado UFO AFRINEWS de 1988 até sua morte em 2000.  Além da Cynthia haviam outras pessoas interessadas no assunto no continente. Na cidade de Durban, na África do Sul, um grupo chamado "Contact S.A" produzia um boletim ufológico chamado SKYWATCH. O nome original do grupo era "International Sky Scouts S.A", e era uma "filial" de um grupo de mesmo nome sediado no Japão, porém problemas internos motivaram a desvinculação e a criação de um novo grupo  - o "Contact S.A". 


AMÉRICAS

O continente americano tem grande importância na história da casuística mundial. Podemos dizer que os Estados Unidos foi o "berço" do estudo ufológico, sendo o país onde tudo começou a partir das divulgações na imprensa dos avistamentos de Kenneth Arnold e seguido da divulgação do caso Roswell. Como ocorre em quase tudo no território norte americano as coisas ganham gigantescas proporções rapidamente. O alvoroço causado pelos chamados "discos voadores" contribuiu para criação de dezenas de grupos de estudos ufológicos. A grande maioria não teve uma duração muito longa, entretanto grupos como "A.P.R.O" (Aerial Phenomena Research Organization), fundado em 1952 e "NICAP" (National Investigations Committee On Aerial Phenomena) fundada em 1956,  tiveram longo tempo de vida. A "A.p.r.o." foi fundada pelo casal Jim e Coral Lorenzen e contava com um corpo de pesquisadores brilhantes, sendo um deles James E. McDonald. Por sua vez a NICAP teve como um de seus fundadores Donald E. Keyhoe e teve entre seus membros figuras importantes como Richard H. Hall.  Certa vez J.A.Hynek declarou que considerava as duas organizações como as mais sérias dos Estados Unidos. Tanto a Nicap como a A.p.r.o produziram e editaram seus boletins de pesquisa. O boletim da Nicap era chamado de UFO investigator.
             

Juntamente com Brasil, e Argentina, o Chile é um grande expoente na pesquisa ufológica com uma rica casuística. Um dos principais grupos de pesquisa do país, o UFO Chile, fundado no final da década de 50, e publicou seu primeiro boletim no ano de 1967. 



A Argentina é outro pais que conta com uma casuística riquíssima. Vários grupos de pesquisas foram criados. Um dos principais grupos foi a "Comisión Observadora de Objetos Voladores No Identificados - CODOVNI, fundada em 1956. Publicavam um boletim anual chamado CODOVNI.



Por sua imensa e rica casuística o Brasil é o principal protagonista na América Latina. Com os primeiros grupos surgidos na década de 50 a pesquisa ufológica brasileira teve um grande desenvolvimento na "era de ouro da ufologia". O trabalho árduo e dedicado de muitos pesquisadores ajudou a desenhar e modelar o que se resume a ufologia brasileira.  Um destes primeiros grupos foi  o grupo mineiro CICOANI - "Centro de Investigação Civil dos Objetos Aéreos Não Identificados", fundado em 1954 pelo grande pesquisador Húlvio Brant Aleixo. Outro grupo de extrema importância no cenário nacional foi a SBEDV - "Sociedade Brasileira de Estudos dos Discos Voadores, fundada em 1957, e sendo um de seus fundadores o Dr. Walter Bühler. A SBEDV publicou um importante boletim no passado. Tanto o CICOANI como a SBEDV eram entidades civis, entretanto o Brasil também já contou, no passado, com uma estrutura organizacional, criada pela Força Aérea Brasileira, chamada SIOANI - "Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados". Essa entidade também produziu boletins. Além destes grupos existiram muitos outros, em quase todas as regiões do país, que também produziram diversos boletins de divulgação. 


ÁSIA

O continente asiático conta com uma rica casuística, com muitos contatos, avistamentos e, semelhante ao Brasil e África, a casuística se mistura com lendas, mitos e folclores locais. Japão , China, Sri Lanka e Malásia são alguns dos países que tem suas pesquisas, seus próprios grupos, onde alguns deles geraram boletins sobre seus estudos. O protagonismo japonês nas pesquisas ocorreu ao mesmo tempo que o resto do mundo ocidental. Em 1955 o pesquisador Arai  Kinichi fundou o "Japan Flying Saucer Research Association (JFSA). Em 1956 publicou seu boletim chamado "Uchūsen" ("Nave Espacial" na tradução literal). A JFSA não existe mais mas parte de seu acervo pode ser localizado em Fukushima no Museu UFO Fureaikan. Sediado juntamente ao museu há um grupo de pesquisa chamado "International UFO Lab".  China, Sri Lanka e Malásia seguiram os passos bem mais tardiamente que o Japão. No final da década de 70 a "China UFO Research Association" (CURA) (tinha outro nome no início), estreava suas atividades dentro das dependências da Universidade de Wuhan, mais precisamente em 20 de setembro de 1979. No início de 1981 lançava seu boletim chamado "Journal of UFO Research" na forma de uma revista. Abaixo as capas das publicações japonesa e Chinesa.



No início da década de 80, grupos e pesquisadores da Malásia e Sri Lanka, iniciaram seus estudos. O pesquisador malaio Ahmad Jamaludin lançou o seu "Malaysian UFO Bulletin em 1980. Outro pesquisador veterano, do Sri Lanka, Ananda L. Sirisena, e que atualmente tem o seu grupo o "Lanka UFO/UAP Contacts Knowledge (LUCK)" também publicou e divulgou as suas pesquisas pelo "Malaysian U.F.O Bulletin na decada de 80. 



EUROPA

O continente europeu tem papel de destaque na ufologia mundial. Diversos países europeus apresentam uma rica casuística contando com muitos casos clássicos. Inglaterra, França, Itália, Suécia, Bélgica e Alemanha são alguns destes países. 

O grupo germânico CENAP (Centralen Erforschungs-Netz außergewöhnlicher Himmels-Phänomene ou Rede Central de Pesquisa de Fenômenos Celestiais Extraordinários) fundado em 1973 publicou seu boletim chamado "Cenap - Report" no inicio de 1976.


Dois grupos tradicionais belgas , o Bufoi ( Belgium UFO Information), fundado em 1963 e o Sobeps (Société Belge d’Étude des Phénomènes Spatiaux) fundado em 1971 tiveram seus boletins publicados nas décadas de 60 e 70. O boletim da Sobeps era chamado Inforespace.
 


Tido por muitos, o país na Europa onde é praticada uma pesquisa de aspecto mais cético (ou "protecionista ?) a Espanha conta com importantes grupos e boletins ufológicos. Um dos primeiros, o CEI - Centro de Estudios Interplanetarios, fundado em 1958 por Antônio Ribera lançou seu famoso periódico STENDEK no inicio da década de 70.
 

Praticamente um "fanzine" sobre temas estranhos, dentre eles ufologia, o Boletim Clypeus surgiu no inicio dos anos 60 na Itália. Ele serviu de embrião para criação de uma associação nacional ufológica no pais, a CUN - CENTRO UNICO NAZIONALE, agregando grupos, ufólogos e pesquisadores. Em 1967 lançaram seu boletim chamado UFO Notiziario.


Provavelmente por influência do grande acontecimento conhecido como “Onda de 1954”, a França se notabilizou, na ufologia mundial, por divulgar importantes grupos e pesquisadores do fenômeno. Entretanto, considerado o primeiro boletim sobre o assunto publicado no país, o Ouranos foi fundado por Marc Thirouin em 1950. Na sua esteira, veio o famoso Lumières dans la Nuit (LDLN), fundado em 1958 por Raymond Veillith. Posteriormente, na década de 60, foi criado o G.E.P.A -Groupement d'Étude de Phénomènes Aériens. Em 1964 o grupo criou um dos mais importantes e respeitados boletins ufológicos, o Phénomènes Spatiaux.


Considerada a revista ufológica mais influente no mundo entre as décadas de 60 e 80 a inglesa Flying Saucer Review (FSR) teve importante papel na divulgação da casuística ufológica da América Latina para o resto do mundo. A British UFO Research Association - BUFORA, foi a maior organização ufológica do Reino Unido. Teve importante papel de interlocutor entre imprensa e  governo em torno de discussões com temática ufológica. Em 1959 publicou seu primeiro boletim.


A ufologia escandinava tem como importantes representantes países como a Suécia e a Dinamarca. Os suecos, por meio de publicações como Galax, Tellus, Oriun e Tid Och Rum , desempenharam um papel pioneiro na documentação sistemática dos avistamentos e no estudo do fenômeno. Essa tradição resultou na criação do IFU (Interessföreningen för UFO-forskning) em 1967 e, posteriormente, do UFO-Sverige, organização que permanece ativa até hoje em estreita ligação com o AFU (Archives for the Unexplained), o maior arquivo ufológico do mundo.


Na Dinamarca, a ufologia se estruturou com a fundação, em 1957, da SUFOI (Scandinavian UFO Information), responsável por coordenar investigações no país e publicar, a partir de 1958, o boletim UFONyt, uma das revistas ufológicas mais longevas da Europa, ainda em circulação após mais de seis décadas. 

Assim, suecos e dinamarqueses construíram uma tradição investigativa sólida, que fez da Escandinávia uma referência internacional na documentação rigorosa e na preservação histórica dos fenômenos aéreos anômalos.


OCEANIA

O estudo ufológico na Oceania pode ser definido como uma investigação descentralizada, com maior dinamismo na Austrália e Nova Zelândia, onde surgiram grupos ativos desde os anos 1950, como Australian Flying Saucer Research Society (AFSRS),   Victorian UFO Research Society (VUFORS) e a Civilian Saucer Investigation (CSI) , responsáveis pela circulação dos primeiros boletins regionais; sua produção combina a documentação de casos clássicos de repercussão mundial, como o Padre Gill em Papua-Nova Guiné (1959), o incidente Westall na Austrália (1966) e os avistamentos filmados em Kaikoura, Nova Zelândia (1978), com a valorização de narrativas indígenas sobre “espíritos celestes” e “luzes no céu”, reinterpretadas no século XX como manifestações ufológicas, o que dá à ufologia da região um caráter fragmentado, porém singular, na medida em que mescla registro documental sólido e tradições culturais locais, projetando a Oceania como um polo peculiar e relevante para a literatura ufológica internacional.

Primeiros Boletins Australianos:  o Australian Saucer Record  (AFSRS) e o Australian Ufo Bulletin (VUFORS).


O primeiro boletim da Oceania foi o neozelandês Civilian Saucer Investigation da CSI.

Entendo que os boletins ufológicos foram fundamentais para preservar relatos, conectar pesquisadores e dar legitimidade ao estudo dos OVNIs em uma época sem internet. Mais do que simples informativos, tornaram-se arquivos vivos da memória coletiva da ufologia. Seu legado é a base histórica que ainda inspira e orienta a pesquisa atual.


terça-feira, 26 de agosto de 2025

Bugonia

Hoje foi divulgada no X a imagem de um pôster promocional do novo filme do diretor Yorgos Lanthimos, Bugonia. 
O filme é sobre uma dupla de homens conspiracionistas que sequestram a empresária de uma grande companhia com a crença de que ela é uma alienígena que planeja destruir o planeta.

O longa será lançado em 7 de novembro de 2025 nos cinemas dos Estados Unidos.

Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Vem ai o ETXP 2025.


Dias 21 e 22 de novembro de 2025 em Belo Horizonte.